Google Translate

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Dodge Srt Viper 2012

SRT Viper tem motor 8.4 V10 de 649 cv (Foto: SRT) O dia começou com uma verdadeira disputa por capacetes e balaclavas no autódromo de Road Atlanta, nos Estados Unidos. Todos queriam domar o Viper. Jornalistas brasileiros, chilenos, argentinos, japoneses, chineses, europeus... Mas poucos aceitaram o desafio de serem domados pela víbora nas mãos de Marco Diniz, 43 anos, o brasileiro que ajudou a desenvolver este e outros “animais” nervosos da SRT.

Puxei a fila dos marmanjos. Diniz trabalha há 13 anos na Chrysler, nos últimos três anos e meio como engenheiro de dinâmica veicular, aquilo que você também pode chamar de piloto de testes. Apaixonado por automóveis desde pequeno, Diniz corria de arrancada no Brasil. Foi ele que, já na Chrysler, levou o imponente Jeep Grand Cherokee para Nürburgring. Com o Viper, participou de diversos testes de durabilidade, domando a fera por mais de 20 horas seguidas. Resumindo, meus amigos: o cara pilota muito.
SRT Viper está 100 kg mais leve que o modelo anterior (Foto: SRT)
Sento no banco do passageiro, aperto o cinto e estou bem perto do chão novamente, como na meia hora anterior, quando tive a chance de guiar o Viper. Couro por toda a parte, acabamento impecável e outros detalhes (bloqueados pela adrenalina que dominou meus sentidos ao acelerar) começam a chamar atenção.

O bruto ronco do V10 que me deixou anestesiada estava de volta, mas bem mais nervoso. São 649 cavalos, 82,9 de torque, 331 km/h de velocidade máxima. E o Viper ainda está 100 kg mais leve que a geração anterior. Números que colocaram uma dose cavalar de adrenalina nos meus pés quando estava ao volante da víbora. E que sumiram rapidamente da minha mente quando Diniz entrou na pista com o pé embaixo e dominou as curvas arredias do circuito.
Interior do SRT Viper está mais sofisticado e traz mais tecnologia (Foto: SRT)
A vibração das acelerações volta a contagiar minhas pernas. Em um dos momentos de subida e descida da pista, sinto a carroceria flutuar, fazendo um leve balanço. Estamos no modo “confortável” do Viper, o mesmo que utilizei quando estava dirigindo.

O rústico muscle car se rendeu à tecnologia. Além do interior mais moderno e sofisticado, o esportivo agora tem controle de tração e estabilidade, seguindo as leis norte-americanas, e traz suspensão adaptativa, com um modo de condução mais confortável para aqueles que querem rodar na cidade.
Novo Viper está disponível em uma versão "básica" e outra mais equipada, GTS (Foto: SRT)
Na segunda volta, Diniz aperta o botão no painel. “Agora vamos para o modo Racing”. E como em um passe de mágica, sinto o carro grudar suas garras no asfalto. E dali ele não sai mais. A diferença para a primeira volta é impressionante. O Viper come o chão e voa longe, grudado na pista. Passamos pela reta a mais de 200 km/h, levantando as cabeças curiosas dos meus colegas jornalistas e, claro, o riso do piloto, domando sua "criação".
A SRT ainda não confirma a importação do Viper para o Brasil. "Estamos estudando", dizem os executivos. Nos Estados Unidos, o superesportivo está disponível em duas versões, a partir de US$ 100 mil (cerca de R$ 208 mil, sem impostos), a "básica" e a GTS, que você pega carona no vídeo abaixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário